quarta-feira, 16 de abril de 2008

Horóscopos pelo correio

Nos estados Unidos, a astrologia pode ser actualmente um grande negócio, mas ainda opera mais à semelhança de uma indústria caseira do século XVIII do que como um conglomerado moderno. Milhares de astrólogos independentes exercem o seu popular ofício em frontarias de lojas, colunas de jornais e quiosques de livros, mas um número surpreendentemente elevado procura clientes em anúncios de três ou quarto linhas nas secções classificadas de pequenos jornais ilustrados.

«O segredo para uma vida mais feliz e de maior sucesso reside nas estrelas. Telefone ou escreva agora a Naru!...$3.00.» «Previsões astrológicas … resultados notáveis… irmã Anna … Telefone ou escreva …$3.00» «Astróloga - psicóloga da Índia. Mãe Ora revela-lhe o seu futuro mesmo a milhas de distância …$4.00» presumindo que os homens procuram de facto «uma vida mais feliz e de maior sucesso» ou até «resultados notáveis», quem arriscaria conseguir qualquer destes objectos através de uma correspondência a longa distância com Naru, Anna ou Mãe Ora? Mesmo muitos crentes na astrologia duvidariam da possibilidade de ver estes objectivos satisfeitos a um tal preço e de tais fontes.

Quando os psicólogos Lee Sechert e James H. Bryan decidiram, em 1968, estudar estes horóscopos pelo correio, confinaram a sua investigação a uma simples pergunta – se deveriam ou não manter uma proposta de casamento – e escolheram 18 astrólogos cujos anúncios indicavam uma especialidade nesse campo. (…) Apenas um astrólogo estruturou a sua resposta em termos puramente astrológicos, mas em compensação houve outro que chegou a repreender o seu cliente, aconselhando-o a “desistir deste plano maluco. O casamento é um assunto de ordem pessoal que não pode ser predito pelos astros!”

Made in enciclopédia “Fronteiras do Desconhecido”,

Selecções de Reader´s Digest

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